Desastres, dores muito intensas, choques emocionais, traumas variados, como o das vítimas de assalto ou seqüestro são causas possíveis do que se chama de stress pós-traumático.
A reação ao trauma emocional depende tanto da intensidade do stress quanto da pessoa e do momento em que ocorre. O diagnóstico se caracteriza pelas repetições – a mente é invadida por idéias relativas ao que viveu, seja durante a noite nos pesadelos ou mesmo durante o dia sob a forma de imagens, ruídos, odores.
Isso parece decorrer da reativação de uma memória sensorial, que pode ser estimulada por detalhes aparentemente inócuos – um jornal, uma conversa, uma cor, um rosto ... O distúrbio ansioso que faz parte do quadro faz a pessoa evitar tudo o que possa evocar o trauma, podendo levar a fobias – de gente, de lugares ... Aparecem distúrbios importantes do sono, e um estado de alerta permanente. Geralmente, a essa síndrome se juntam sintomas de depressão – recolhimento, perda de interesse nas atividades em geral, dificuldades nas relações sociais.
As reações, traduzidas em sintomas, são normais em relação às causas, e podem mesmo ser compreendidas como medidas de auto-proteção involuntárias. Entretanto, quando crônicas, assim como as dores de longa duração, deixam de ter qualquer vantagem, podendo engendrar obsessões que transtornam a vida do indivíduo.
No tratamento dessas condições, diferentes recursos podem ser associados. Medicamentos antidepressivos, terapias anti-stress (psicoterapia cognitivo-comportamental, meditação) e a neuromodulação induzida por estimulação neural periférica (Acupuntura).
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