sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

As Síndromes Dolorosas Miofasciais 3. Tratamentos Complementares e Preventivos --- Myofascial Pain Syndromes: Complementary and prophylactic treatment

Uma abordagem integrativa do tratamento das síndromes dolorosas miofasciais inclui: atenção aos distúrbios emocionais (redução do estresse, abordagem psicossocial, terapia cognitivo-comportamental); tratamento dos distúrbios do sono; fisioterapia, exercício; educação para a saúde; tratamento farmacológico.

Os tratamentos mais eficazes são os que visam a dessensibilização periférica, que reduz a sensibilização central. O tratamento farmacológico da dor miofascial está por ser mais bem esclarecido. Relaxantes musculares, antiinflamatórios não-esteróides e doses baixas de antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina) ou atípicos (venlafaxina, duloxetina) podem às vezes ser complementos úteis às intervenções neuromoduladoras, mas raramente são eficazes como tratamento único. Recomenda-se selecionar as combinações de medicamentos de tipos diferentes, e evitar uma polimedicação com drogas de mesmo mecanismo de ação [Deyo R.A. 1996].

Embora haja diversas opções terapêuticas disponíveis para o manejo das síndromes dolorosas miofasciais, poucas foram bem estudadas ou encontram suporte na literatura médica. As injeções de anestésicos locais e o agulhamento seco de pontos-gatilho se demonstraram eficazes para o alívio da dor e restauração das alterações funcionais. Além disso, alongamentos, exercícios e outras modalidades fisioterápicas podem ser úteis. Nenhum medicamento tem eficácia comprovada para o tratamento das síndromes dolorosas miofasciais [Rudin N.J. 2003].

Prevenção

Evitar a cronificação deve ser o principal objetivo das medidas profiláticas, visando prevenir o estabelecimento ou a agravação da dor miofascial crônica, através do controle dos fatores perpetuantes da condição [Gerwin R. D. 2005], que são classificados como: estruturais – trauma continuado ou esforços repetitivos, distúrbios posturais; psíquicos – reação ao estresse, depressão, perturbações emocionais, distúrbios do sono; sistêmicos – distúrbios metabólicos (deficiência de ferro e ácido fólico), endócrinos (deficiência de somatotrofina, hipotiroidismo), tóxicos, inflamatórios, infecciosos.

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An integrative approach to the treatment of the myofascial pain syndromes include: attention to the emotional disorders (stress reduction, psycho-social approach, cognitive-behavioral therapy); treatment of sleep disorders; physical therapy, exercises; patient education; pharmacologic treatment.

The most effective treatments are those which aim the peripheral desensitization that also reduces central sensitization. The pharmacologic treatment of myofascial pain remains to be better clarified. Muscle relaxants (cyclobenzaprine, tizanidine), non steroidal anti-inflammatory and low doses of tricyclic (nortryptiline) or atypical antidepressants (venlafaxine, duloxetine), can be useful in some cases, but are rarely effective as a single medication. It is recommended to select drugs of different mechanisms combination, and to avoid polymedication with drugs with the same mechanisms of action [Deyo R.A. 1996].

Although there are different available therapeutic options for the management of the myofascial pain syndromes, few of them has been well studied or are supported by medical literature.

Local anesthetics injections, dry needling and electro-neural-stimulation on trigger points has demonstrated to be effective for pain mitigation and improvement of functional disorders. Beside this, stretching, exercises and other physical medicine therapies, like manual therapy, use to be useful. No medication has proved to be effective for the treatment of myofascial pain syndromes [Rudin N.J. 2003].

Prophylaxis

To avoid chronification must be the main objective of the prophylactic actions, aiming to prevent the occurrence or aggravation of chronic myofascial pain syndromes, by means of controlling the perpetuating factors of the condition [Gerwin R. D. 2005], which are classified as: structural (ongoing trauma or repetitive strain, postural disorders); psychic (stress response, depression, emotional and sleep disorders); systemic (metabolic– iron and folic acid deficiency, endocrine – growth hormone deficit, hypothyroidism – toxic, inflammatory and infectious disorders.

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