A resposta ao stress, com suas conseqüências sobre os mais diferentes sistemas funcionais do organismo, como o sistema nervoso autônomo, o sistema endócrino, o sistema muscular, é uma causa de distúrbios do sono, ansiedade e eventual depressão, que podem se tornar causas auto-sustentadas de dor crônica. Portanto, para um tratamento mais eficiente das síndromes dolorosas, é importante identificar e tratar os distúrbios do sono.
Os distúrbios do sono mais comuns são a insônia inicial, as interrupções freqüentes do sono, redução da duração do período de sono, fadiga diurna e sono não-restaurador. Em geral, esses problemas têm causas múltiplas. Alguns fatores relevantes são depressão e ansiedade, e efeitos de medicamentos; incluem-se as causas comportamentais, como a alteração do ciclo sono-vigília, aumento do tempo de permanência na cama, incluindo atividades como ler e assistir TV e falta de atividades físicas.
É comum encontrar-se em pessoas com síndrome de fibromialgia, artrite reumatóide, lombalgia, cefaléia, o aparecimento de registros eletroencefalográficos de ondas alfa intrusas. A anomalia da fase profunda do sono está correlacionada com as interrupções do sono e com o sono não-restaurador. A redução da duração e a má qualidade da fase profunda do sono trazem diversas repercussões nocivas para o organismo. Neuro-hormônios, como os relacionados com a reparação de desgastes somáticos, especialmente dos músculos, (somatotrofina), por exemplo, são liberados nessa fase do sono, e baixos níveis dessas substâncias se correlacionam com a fadiga e a dor músculo-esquelética associada às perturbações do sono.
Voluntários saudáveis submetidos a interrupção do sono não-REM (REM = movimento rápido dos olhos – nome da fase do sono em que se sonha), depois de poucas noites, ou em muitos casos depois da primeira noite, apresentaram dolorimento corporal, que se resolveu depois de duas noites de sono continuado. Deduz-se o efeito salutar que a normalização do sono pode ter para os pacientes com dor.
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