A atração pelo Oriente mágico tem raízes antigas, se relaciona com a Pérsia e com a longa presença dos Califados na Península Ibérica. A proximidade posterior do Império Turco-Otomano, que impressionava a Europa, reforçou os laços, que logo se converteram em presença física maciça de contingentes europeus no Extremo Oriente, posto que virtualmente todos os países da Europa ocidental acabaram invadindo, literalmente, a China.
Nos seus inícios, a prática da Acupuntura no Ocidente foi marcada, em muitos casos, por um traço esotérico e/ou místico. Entretanto, na atualidade, outros padrões de explicações e de evidências da eficácia são exigidos de qualquer método terapêutico.
O modelo da Medicina Baseada em Evidências, ao contrário de representar uma ameaça para a Acupuntura, acabou reforçando da validade e a certeza da sua aplicabilidade em muitas condições clínicas.
As influências do progresso científico marcam diferentes fases das explicações para a Acupuntura, como mostra o quadro evolutivo das últimas décadas identificando uma trajetória que progride para a integração:
1930 Manipulação de uma assim chamada “energia vital”
1950 Efeitos da eletricidade
1960 Teoria do “portão (ou comportas) do controle da dor”
1970 Liberação de neurotransmissores
1980 Neurofisiologia da Dor
1990 Neuromatrizes
2000 Neuromodulação induzida por estimulação neural periférica
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