Apnéia do sono
O distúrbio respiratório caracterizado por interrupções da respiração durante o sono é um problema sério e muito comum.
Distinguem-se dois tipos: apnéia obstrutiva e de origem central.
Com as interrupções, a qualidade do sono cai, causando sonolência diurna e cefaleái matinal.
Pode se associar a distúrbios cárdio-circulatórios.
Síndrome das Pernas Inquietas
Sensações desconfortáveis nas pernas e necessidade de movê-las, para reduzir temporariamente o desconforto. Alongar, flexionar, vira-se na cama, ou mesmo levantar-se para andar, são atitudes relatadas pelos pacientes.
Os sintomas pioram em decúbito ou outras formas de inatividade, e tendem a se manifestar mais no final do dia e à noite.
Causa uma dificuldade
Afeta entre 2 e 5% da população.
As causas são desconhecidas, mas afeta sempre mais de um indivíduo numa família. Tem sido associada a lesões neurais diabéticas, do alcoolismo ou doença renal. Pode ocorrer unilateralmente, relacionada a radiculopatia tipo ciática.
Os sintomas tendem a piorar com a idade, sendo mais acentuadas na meia-idade, e serem agravados por mudanças hormonais como na gravidez, ou por stress. Podem ser leves ou se tornar muito intensos, até incapacitantes.
O tratamento farmacológico inclui o uso de benzodiazepinas, L-Dopa e opióides.
Distúrbio de Movimentos Periódicos dos Membros
São movimentos repetitivos, como contraturas clônicas, espasmos, que duram cerca de
Cerca de 35% dos maiores de 65 anos de idade, sem distinção de sexo, podem ser afetados.
Não foram individualizadas as alterações do sistema nervoso relacionadas com os sintomas.
Parasonias: Distúrbio do Comportamento REM
Movimentos do corpo durante o sono REM perturbam o sono e podem colocar em risco o paciente e quem dorme junto.
Durante o sono REM, a atividade elétrica do cérebro é idêntica à da vigília, mas os músculos não se movem.
Nas parasonias como o distúrbio do comportamento REM, a distinção entre as diferentes fases do sono se desfaz, e características de um dos estados do sono aparecem em outras.
As manifestações vão desde falar e gesticular, até o sonambulismo, e o paciente só percebe o conteúdo dos sonhos, que podem ser assustadores.
DCR pode ocorrer em crianças, mas 90% dos pacientes são homens, em geral com mais de 50 anos. Afeta 0,5% da população.
No tratamento farmacológico tem sido utilizado benzodiazepinas e antidepressivos.
Jet lag – o distúrbio do sono dos viajantes
Um dos mais comuns distúrbios do sono, relacionado a viagens longas, o jet lag resulta de desarmonia entre os marcadores endógenos de ritmos e as variações do ciclo de luz e sombra ambientais.
O set point (ponto de referência) do relógio biológico é lento em se reajustar, e os parâmetros permanecem constantes até por diversos dias.
Sonolência diurna excessiva
Situação em que o indivíduo sente sono ou uma necessidade urgente de dormir durante o dia, mesmo depois de uma noite de sono satisfatório.
Em geral dormem em momentos em que necessitariam estar despertos e alertas, o que pode representar um perigo, como ao dirigir ou manejar máquinas, e apresentam dificuldade em se concentrar e executar as tarefas cotidianas.
Os pacientes relatam auto-estima baixa, frustração e incômodo por serem tomados por pessoas negligentes, pouco inteligentes ou preguiçosas, e prejuízo na qualidade dos relacionamentos sociais.
Sonolência diurna excessiva frequentemente se associa a alguma dessas condições: Distúrbio do ritmo circadiano, narcolepsia, apnéia do sono, síndrome das Pernas Inquietas
Perturbação do ritmo circadiano
Nas sociedades modernas, até 10% da população têm horários de trabalho diferentes dos tradicionais. Muitos desses indivíduos têm dificuldade em dormir durante o dia e permanecer alerta durante o trabalho noturno, por causa do conflito entre os horários de trabalho e o relógio biológico.
Muitos geradores biológicos de ritmos estão ajustados para responder aos ciclos diários de luz e ausência de luz.
Os trabalhadores nesse regime de horários estão mais sujeitos do que as pessoas que seguem os horários tradicionais a serem afetados por problemas como[i]:
Dificuldades de concentração e memória, desempenho ocupacional prejudicado; Distúrbios da digestão, especialmente dispepsia e refluxo gastro-esofágico; Irregularidades menstruais; Resfriados e Gripes; Aumento do peso; Hipertensão arterial e problemas cardíacos; Acidentes de trânsito e no local de trabalho.
Narcolepsia
Distúrbio neurológico crônico, leva os pacientes a dormir contra a sua própria vontade. Relaciona-se a disfunção da hipocretina, hormônio que normalmente estimula o despertar e regula o sono. Observa-se uma redução do número de neurônios Hcrt, que pode estar relacionada a doença degenerativa ou imunitária.
Cerca de uma em cada 2.000 pessoas sofrem de narcolepsia. Afeta tanto a homens quanto a mulheres, aparecendo normalmente depois da puberdade, entre os 15 e os 30 anos de idade.
Sonolência diurna excessiva costuma se o primeiro sintoma a aparecer.
Outras manifestações podem estar incluídas num episódio de narcolepsia:
Cataplexia – perda súbita de controle muscular, precipitada por emoção ou esforço físico;
Paralisia do sono – incapacidade de falar ou de se mover por períodos breves, enquanto adormecendo ou despaertando.
Alucinações hipnagógicas – sonhos vívidos em geral assustadores ao adormecer.
Comportamento automático – tarefas rotineiras ou monótonas realizadas sem registro na memória.
O diagnóstico é feito a partir da história clínica e de estudos polissonográficos, incluindo os resultados do Teste de latência múltipla do sono, em quese mede os tempos entre a vigília e o sono profundo.
O tratamento farmacológico inclui estimulantes como as anfetaminas e a cafeína, e os antidepressivos multicíclicos, assim como os ISRS.
Tem sido recomendado que o paciente durma por breves períodos programados ao longo do dia.
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