Há cinqüenta anos atrás, só as pontes ficavam estressadas, afetadas pela fadiga dos materiais. As pessoas eram nervosas, preocupadas, ansiosas ou angustiadas. Foi na década de 1950 que “stress” evoluiu de um termo da engenharia para adquirir um significado mais amplo, num contexto cultural. Em 1956 foi incluído nos dicionários norte-americanos, depois da publicação do livro de Hans Selye, “The Stress of Life” – “O Stress da Vida”.
A expressão surgiu oportunamente, representando a idéia de que a vida nessa segunda metade do século XX apresenta novos desafios para a humanidade, com o aumento da complexidade do mundo em que vivemos.
Inquietude e tensão revelam o sentimento de temor, natural e necessário para a sobrevivência, enquanto sinaliza os riscos que devem ser evitados ou enfrentados. São reações ao stress, e acontecem, em maior ou menor grau, quando as capacidades de adaptação do indivíduo a condições adversas são superadas, ou quando uma situação qualquer é percebida como ameaçadora. Normais e fisiológicas, as reações do organismo se tornam preocupantes somente quando se perde o controle sobre elas, manifestando-se então por sintomas físicos. A ansiedade converte-se em doença quando a sensação de ameaça iminente aparece sem que exista uma razão aparente, se as reações não são proporcionais ao fato que as ocasiona, ou quando os sintomas psicológicos e físicos começam a influenciar ou afetar as atividades cotidianas.
O “transtorno de ansiedade generalizado” é uma doença provocada pelo stress. Diferente da ansiedade normal que se experimenta no dia a dia, as sensações crônicas e exageradas de preocupação e tensão podem aparecer sem causa aparente. O distúrbio significa que a pessoa está sempre antecipando um desastre, preocupando-se exageradamente, em geral pela saúde, pelo dinheiro, pela família ou pelo trabalho. Às vezes é difícil localizar a fonte da preocupação – o simples pensamento de encarar o dia pode provocar ansiedade.
Inquietação, ansiedade e angústia são três graus do mesmo fenômeno emotivo. A continuidade prolongada desses processos fornece as condições para a instalação do processo de depressão, uma das manifestações mais dramáticas da psicopatologia humana, na medida em que na pessoa deprimida percebe-se uma debilitação da vitalidade humana. As repercussões da depressão sobre a saúde podem ser graves – a inibição da imunidade deixa o organismo a descoberto em relação às agressões do ambiente; mudanças bioquímicas causam agressões ao próprio cérebro; os mecanismos de controle da dor e das inflamações, alterados, podem levar à dor crônica e a diversas doenças que afetam músculos, tendões e articulações, além da possibilidade de atentados contra a própria vida.
A depressão pode atingir todas as idades, desde a infância até a velhice. No jovem o estado depressivo é de tipo predominantemente neurótico, nascendo de um sentimento de desespero perante a incapacidade de resolver os próprios conflitos internos; na velhice por sua vez, prevalece a do tipo involutivo, isto é, ligado à senilidade. Na meia idade a depressão é sobretudo de tipo reativo: a morte de um familiar, a doença, uma intervenção cirúrgica, um prejuízo econômico podem representar uma circunstância que pelo indivíduo passa a ser considerada como um bem perdido. E com freqüência o bem perdido é a auto-estima.
Para superar a ansiedade, recomenda-se : eliminar a causa do stress; praticar exercício físico de forma regular; relaxar; consultar o seu médico.
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