Estudos recentes, que avaliaram a eficácia da Acupuntura tradicional chinesa no tratamento de pacientes com cefaléia, osteoartrite e lombalgia, mostraram resultados iguais, e a repetição dos mesmos equívocos conceituais, expostos abaixo.
Sete erros
1. Os autores não partem da consideração dos mecanismos de ação do método terapêutico que se propõem a estudar.
2. Há vários estudos anteriores mostrando a eficácia analgésica da aplicação de agulhas subcutâneas (chamada no estudo de "Acupuntura sham"), e esse fato não poderia ter sido desprezado.
3. Acupuntura "real" é definida como a aplicação de agulhas em pontos descritos em mapas improváveis, criados numa época em que não havia conhecimento real da anatomia.
4. Utilizam prescrições criadas numa época em que os conhecimentos clínicos e da fisiopatologia eram precários.
5. Os pontos da Acupuntura chamada "real" (desprovidos de correlações anatômicas além dos acidentes de superfície que permitem localizá-los), também não apresentam nexo fisiológico com a condição clínica tratada.
6. O desprezo pelos processos biológicos envolvidos na estimulação neural periférica impede a consideração dos efeitos biológicos (no caso, segmentares e supra-espinais) envolvidos na chamada "Acupuntura mínima".
7. O estudo revela que a modalidade de Acupuntura utilizada não é mais eficaz do que aplicar agulhas subcutâneas em sítios aleatoriamente escolhidos, mas isso não significa que a Acupuntura Médica Contemporânea, baseada em anatomia, fisiologia e fisiopatologia, seja igualmente aleatória, isto é, desprovida de fundamentos científicos.
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