terça-feira, 30 de junho de 2009

Do mesmerismo à hipnose contemporânea

No final do século 18, houve uma retomada da milenar prática de aplicação de eletricidade e magnetismo como agentes terapêuticos, impulsionada pelas descobertas em bioeletricidade do final dos anos 1700. Expandiu-se no século 19, enquanto se levantavam questões sobre a sua eficácia.

Expoente do uso terapêutico do magnetismo nessa época, Franz Anton Mesmer (1734-1815) cunhou a expressão “magnetismo animal”, para o método criado por ele, que ficou conhecido como “mesmerismo” A teoria pressupunha a captação do “fluido magnético celeste” (a palavra “energia” só viria a existir na década de 40 do século 19), que poderia ser obtida, por exemplo, por meio de imersão do paciente numa banheira com ácido fraco, ladeada por barras de ferro; a fricção das barras permitiria a passagem do fluido magnético para o corpo do paciente, e aí, insinuando-se na substância dos nervos, incrementaria o seu poder de ação.

Importada de http://www.robmacdougall।org/index.php/2005/01/turk-182/


Usava o seu próprio “magnetismo” para induzir estados de transe, havendo relatos de amputações de membros realizadas sob a influência do mesmerismo.

Importada de http://www.dalihouse.blogsome.com/2007/03/10/louis-the-ladies-मन


Por conta das teorias de Mesmer, os benefícios da hipnose não foram devidamente valorizados, e o método passou a ser visto com desconfiança, até que recentemente foi reabilitado como importante recurso terapêutico, fundamentado em dados da pesquisa em neurofisiologia e em estudos clínicos

Importada de http://www.pflyceum.org/91.html


Mas até hoje se vendem colchões e calçados com imãs, de efeitos nunca demonstrados.

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