terça-feira, 26 de maio de 2009

Acupuntura e vitiligo

Resposta à pergunta: como a Acupuntura pode ajudar pacientes com vitiligo?

Para pensar sobre a atuação dos métodos de estimulação neural periférica em casos de vitiligo é preciso considerar os mecanismos da doença e do método terapêutico.

A fisiopatologia do vitiligo, doença auto-imune - auto-inflamatória vinculada a gene que também se relaciona com outras doenças, como tireoidite, anemia perniciosa, artrite reumatóide, psoríase, lúpus, doença de Addison, surto de diabetes auto-imune, é complexa, envolvendo alteração de funções cerebrais. Pode se manifestar depois de stress severo ou prolongado, que desorganiza sistemas autorreguladores.

Portanto, o objetivo das intervenções neuromoduladoras deve ser o de modificar as condições do sistema nervoso central que subsidiam as manifestações clínicas. Sabe-se que a estimulação de fibras mielinizadas não-nociceptivas na periferia corporal promove ativações e desativações de estruturas límbicas envolvidas no controle do sistema imunitário, como efeitos inespecíficos.

Assim, os efeitos da acupuntura nesse tipo de condição não são muito previsíveis, devido à complexidade implicada. Outros recursos, como o manejo do stress, terapia cognitivo-comportamental, hipnose, e medicação no caso de depressão, podem ser decisivos. O problema é que uma vez desencadeado, o processo patológico aparentemente se torna estável, e parece que há um ponto de não-retorno.

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