domingo, 10 de maio de 2009

Stress e o resfriado comum

No congresso de 1997 da APA (American Psychological Association) em Chicago, Sheldon Cohen PhD relatou um estudo interessantíssimo sobre a correlação entre stress e o resfriado comum. Nesse estudo, 276 participantes saudáveis foram expostos a um de cinco vírus do resfriado comum ou solução salina. Também foi aplicada uma bateria de testes psicológicos, e ficaram em quarentena por cinco dias.


Os resultados revelaram que o risco de contrair um resfriado se relacionava com diversos fatores psicossociais. Um dos fatores mais importantes foi o número de papéis sociais íntimos desempenhados pela pessoa, tais como pais, cônjuges, amizade próxima e mais outros nove papéis. O risco de contrair um resfriado também se relacionou com stress crônico e hábitos pouco saudáveis. Os achados incluíram o seguinte:


- Indivíduos com três ou menos papéis sociais foram quatro vezes mais suscetíveis de contrair o resfriado do que as pessoas envolvidas com seis ou mais papéis.

- Indivíduos que sofreram stress por menos de um mês eram 1.2 vezes mais suscetíveis de contrair um resfriado, e essa taxa sobe para 2.2 vezes se o stress durou por mais de um mês.

- Indivíduos que relataram problemas sérios nas suas relações pessoais íntimas eram 2.5 vezes mais suscetíveis de contrair um resfriado.

- Contrair um resfriado se relaciona com funções endócrinas elevadas, um indicdor biológico de stress.


A pesquisa do Dr. Cohen foi resumida na edição de 1997 da APA, Monitor. O Dr. Cohen é co-diretor do Centro do Cérebro, Comportamento e Imunidade na Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh.

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